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2° Fórum Mundial da Bicicleta

O evento contou com a participação do Programa Ciclovida. Esse que apresentou uma oficina sobre o Desafio Intermodal.

 

“A Assembleia do 2° Fórum Mundial da Bicicleta, reunida no dia 24 de fevereiro de
2013, após dias de discussão e debates sobre as alterações da cidade para o uso da
bicicleta e sobre o lema Pedalar para Transformar, reafirma que:

Somos a favor de cidades pensadas para as pessoas, onde haja a valorização
dos espaços verdes e de lazer, e não a redução deles. Somos a favor da ampliação dos
espaços públicos, seja de lazer ou de circulação de pedestres, pois é neles que a vida
da cidade acontece.

Somos a favor da mobilidade urbana, de transportes inteligentes e eficientes.
Acreditamos que os problemas do trânsito se resolvem com investimento e valorização
do transporte coletivo público e de qualidade, dos pedestres e das bicicletas, que
precisam ter a preferência sobre o fluxo de automóveis particulares, desde o
planejamento das vias até as leis de trânsito.

Somos a favor de cidades mais humanas, onde as pessoas – sejam crianças,
adultos, idosos ou pessoas com deficiência – não precisem ter medo das ruas, mas sim
serem parte delas e sentirem-se valorizadas, respeitadas e cuidadas.

Somos a favor das árvores, desde aquelas que foram herdadas há décadas e
fazem parte de nossa história e do nosso cotidiano, embelezando a cidade, fornecendo
sombra e oxigênio, amenizando as temperaturas e reduzindo a poluição atmosférica e
sonora causada pelos automóveis, até as novas mudas que estão sendo plantadas e
servirão para as futuras gerações.Somos a favor do progresso, mas entendemos que obras focadas na circulação de automóveis particulares não o representam, pois são contrárias à ideia de cidades
para as pessoas, queremos seguir o exemplo das cidades mais progressistas do mundo
que já perceberam que o automóvel não é solução para a mobilidade urbana, e que a
circulação dele deve ser restringida e desestimulada.

Somos a favor da permanência das comunidades em seu local original.
Consideramos a remoção de comunidades para a periferia da cidade um atentado aos
direitos humanos e uma inversão de valores, onde o lucro de algumas corporações se
sobrepõe aos direitos fundamentais dos seres humanos, e o fluxo de automóveis vale
mais do que a vida em comunidade.

Somos a favor da democracia direta, participativa, do diálogo e da plena
transparência.

Lembrando que as cidades são construídas pelas pessoas que nelas habitam e
são o reflexo de suas ações e hábitos, queremos convidar todas e todos a pedalar para
transformar.

Assembleia do 2º Fórum Mundial da Bicicleta.
Porto Alegre, 24 de fevereiro de 2013.”

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